O Journal of Urology e uma equipa de investigadores (Crouch, Liao, Woodhouse & Conway, 2008 Feb;179(2):634-8) publicaram recentemente , no Reino Unido um estudo que incluia 38 mulheres, 28 com história de hiperplasia adrenal congénita e 10 como grupo de controlo, e analisou a função sexual e a sensibilidade genital, depois da genitoplastia feminizante, através da história médica em retrospectiva, dos regitos médicos e de um questionário estandartizado. A sensibilidade vaginal e clitoridiana foram também medidas sensorialmente.
O grupo que sofreu a genitoplastia feminizante (24 mulheres) tinha uma perturbação significativa do clítoris, comparadas com o grupo de controlo, sem que houvesse diferenças significativas no canal vaginal superior, em que a cirurgia não foi feita em nenhuma mulher da pesquisa. O limiar de sensibilidade das 4 mulheres com hipoplasia adrenal congénita, que não tinham sofrido a cirurgia feminizante, era semelhante ao grupo de controlo. Assim, a perturbação sexual parecia mais grave nas mulheres que sofreram a genitoplastia, muito evidente nas dificuldades de penetração vaginal e na frequência de relações sexuais.
Tomar a decisão de realizar esta cirurgia nas bebés femininas deve ser cauteloso e deve informar-se bem os pais das consequências reais de permitir tal operação, pois este artigo conclui, como outros o fizeram antes, que a sensibilidade nas áreas onde a cirurgia intervém fica alterada significativamente e a função sexual alterada.
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