A Associação Médicos Pela Escolha participou na organização da Marcha LGBT 2008 de Lisboa, que se realizou no dia 28 de Junho. Partiu do Jardim do Príncipe Real percorreu várias ruas de Lisboa e terminou na Praça do Comércio. A Marcha deste ano foi a maior que já se fez em Portugal, contando com a presença de mais de mil pessoas.
Inserido no âmbito do grupo “Sexualidades”, mas principalmente porque acreditamos que os direitos negados a gays, lésbicas, bissexuais e transexuais portugueses são um problema de tod@s, decidimos integrar a comissão executiva que organizou esta marcha de luta em Lisboa, a par de outras associações de defesa dos direitos dos portugueses LGBT e não só: Associação para o Planeamento da Família, Panteras Rosa, ILGA Portugal, SOS Racismo, Associação Não Te Prives e Associação Janela Indiscreta. Também UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, Clube Safo e Rede ex aequo apoiam esta marcha.
Para nós esta luta representa a defesa de direitos humanos essenciais e como profissionais de saúde não podemos ignorar a discriminação que infelizmente impera no nosso país.
Pela defesa dos direitos sexuais e reprodutivos de tod@s, empenhamo-nos em lutar contra a discriminação em relação à orientação sexual e à identidade de género. O acesso à saúde sexual e reprodutiva só se faz num contexto de igualdade para tod@s.
Não podemos ficar parados quando há, em Portugal, instituições públicas ligadas à saúde - como é o caso do Instituto Português do Sangue – que insistem em discriminar pessoas baseando-se apenas na sua orientação sexual, não permitindo que homossexuais homens possam doar sangue. Também nos preocupa o facto de o processo médico-cirúrgico para mudar de sexo em Portugal constituir um longo e penoso caminho a percorrer para a maioria dos transexuais portugueses. Estes são só dois exemplos de situações que devem e têm de mudar.
Este tema é muita vezes denominado de “fracturante”, mas para nós nada é mais fracturante que a discriminação!